sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Isso tá virando vício...

Ói, isso aki tá me deixando viciada.

Mas hj eu tenho q desabafar de novo. E é pra falar de alguém que me tirou do sério por demais: o doador do espermatozóide que fecundou o óvulo de minha mãe.
Ele passou 16 anos sumido da minha vida. De qdo eu tinha 2 anos e ele se separou de minha mãe, até qdo eu fiz 18, q ele se reaproximou da família dele, da qual eu nunca me separei. Eu não sei realmente o que eu sentia na época desse sumiço. Sou carente por natureza, não sei se ele faria diferença nisso; passei dificuldades financeiras, mas graças a Deus, nada grave; estudei em colégio particular, tive muitos brinquedos, passeava nas férias... nada drástico.
O que é que um pai faria por mim? Eu hein, sei lá!

Teve uma época que eu sentia raiva dele. Ódio mesmo. Botava a culpa por tudo q dava errado na minha vida, nele. Queria entrar na justiça pra tirar o sobrenome dele. shauhsauhauhaushaushauahs
Como eu era boba... Hoje, sou casada com o sobrinho dele, e o sobrenome da minha filha é o dele duas vezes. Mas não por ele. Pela Família Ataíde toda. Menos ele. Ele, nesse caso, foi só o detalhe.

Hj, qdo vejo o amor q o pai da minha filha tem por ela, às vezes me dá uma pontinha de inveja. (Eu sou muito, muito feliz pelo amor deles, vai dar pra entender a inveja!) Assim: ele a ama muito, se diverte com as coisas que ela apronta, é fã de carteirinha... mas, se de repente a gente se separasse, será q ele ia conseguir ficar longe dela 16 anos? Eu axo impossível. Mas o doador ficou longe de mim. Logo, concluo que ele não me amava tanto assim. Q "tanto assim", rai ai... concluo que não havia amor. E se ele não quisesse q eu pensasse assim, teria feito diferente. Se ele não quisesse ficar longe de mim, não teria ficado. Até pq, minha mãe nunca se opôs.

Dpois de eu já crescida, houveram algumas tentativas de aproximação. As primeiras foram deprimentes, eu ficava lembrando de qdo eu era criança, q ele ficou doente umas vezes e minha mãe me obrigou a visitá-lo no hospital. Q horrível meu Deus. As seguintes foram mais calmas, e houve até uma tentativa da minha parte. Não foi menos desastrosa.

Hoje, pra mim, ele é uma pessoa. Uma pessoa como outra qquer existente no mundo. Tentei gostar dele como se fosse um tio, e tb não deu certo. Eu simplesmente não sinto NADA por ele. Sabe qdo um desconhecido passa por vc na rua... vc não o vê e nem sabe se o verá novamente... enfim... é isso.

Mas ele tem q me incomodar. Mora lá no quinto dos infernos do Piauí. Vem aqui de vez em nunca. E qdo vem, eu tenho q sair do meu conforto, do conforto da minhas férias nesse caso, pra ir vê-lo. Lá em Feira de Santana. Pq ele disse q ia vir no fim do mês, pra ficar um tempinho bom, e veio no meio do mês pra já ir embora. E eu q tenho q correr. Ele nunca se importou comigo. Mas eu tenho q mudar meus planos.

Ainda estou pensando em minha filha. Vão dizer a ela: "Olha, seu avô, fale com ele, abrace, beije, não faça besteira, blá blá blá..." e ela vai ter q aceitar, entender, e de vez em nunca qdo ele telefonar pra a casa da minha vó q ela estiver lá, vão chamá-la: "Venha Nanna, falar com vovô!"
Ela vai ter q lembrar quem é, e ser educada. Por acaso, se ele nunca se importou comigo, vai fazer diferença na vida dela?
Rai ai.

Eu vou lá cumprir essa penitência toda, mas bem por minha vó. Q tem pena do filhinho querido, pq a filha não gosta dele. Ainda saio de vilã na confusão toda. Ela falou q eu tava lá em Sebastião o tempo todo e qdo ele ia chegar, eu vim pros lados de cá. Num foi ele mesmo q num quis avisar a ninguém qdo viria, pra fazer surpresa?? Surpresa só se for pra laia dele; pra mim, foi falta de planejamento, isso sim. Seu eu soubesse q ele viria semana passada, teria ficado lá, pra já ter passado esse momento.

E como será q vão tentar ensinar Nanna a chamar a mulher dele? Rai ai. Ela vai chamá-la pelo nome. Num tenho nada contra ela (apesar de conhecer a peça e saber q ela é duas caras), mas nada de tia, nem dona, muito menos vó. Se quiser. Se não quiser, passe bem. Bem longe de nós.



Acabei de ganhar uma calcinha azul com um desenho de hipopótamo, presente da minha cunhada. Isso é bem mais interessante do q essa hipocrisia toda. Vou experimentar.

Um comentário:

FláviAtaíde disse...

É, os pais não são as melhores coisas do mmundo.

=T